O número de moradores de Foz do Iguaçu aumentou mais de 10,9% nos últimos dois anos, passando de 257.971 (estimativa de 2021) para 286.323 habitantes, a sexta maior população do Paraná, conforme a projeção do IBGE de 2022. A cidade mais populosa do Paraná é Curitiba (1.871.789), seguida de Londrina (588.125), Maringá (454.146), Ponta Grossa (391.654), Cascavel (350.644) e São José dos Pinhais (327.746).
O Paraná tem 11.835.379, o estado com maior número de habitantes da região Sul do país. Os dados levantados até agora correspondem a 83,9% dos brasileiros, estimados este ano em 207.750.291 habitantes. A divulgação atende a lei que determina o repasse anual do cálculo da população dos municípios brasileiros ao Tribunal de Contas da União (TCU). Iniciado em agosto deste ano, o censo segue até janeiro de 2023. Quem não respondeu o questionário pode ligar, sem custo, no Disque-Censo 137.
O prefeito Chico Brasileiro disse que o censo do IBGE é importante, pois trata-se de um raio-x da população, que vai facilitar ao município projetar suas políticas públicas, tendo como base os números reais de cada região. No entanto, por se tratar de uma previsão, ele afirma que o número real de habitantes de Foz do Iguaçu deve ser superior aos 300 mil. “Digo isso com base nos históricos catalogados pelas equipes de Saúde da Família e Agentes de Endemias”, afirmou.
“Ainda vamos conferir quantas casas faltam ser respondidas. É uma estimativa, portanto, não é o número oficial. Acreditamos que Foz do Iguaçu tenha pelo menos 300 mil habitantes. É uma realidade das pessoas que usam o próprio sistema de saúde, só da população residente, sem incluir aqueles pacientes que vêm do Paraguai ou de outras cidades, uma vez que somos um destino turístico”, ressaltou Chico Brasileiro.
Acompanhamento
O prefeito adiantou que, como são números prévios, o município vai acompanhar o procedimento até a conclusão do Censo 2022 do IBGE. Nos últimos anos, Foz do Iguaçu registrou uma forte migração interna, com muitos bairros aumentando sensivelmente o número de imóveis residenciais. “Os dados do IBGE vão mostrar um panorama dos moradores de todas as regiões da cidade”.
“Isto vai dar um panorama importante para fazer um planejamento do que cada região precisa. As vezes tem escola numa região que tem menos estudantes, ao contrário de outras. Em Três Lagoas, por exemplo, a região tem crescido muito nos últimos anos e precisamos saber qual o número de crianças que residem lá, qual a idade das pessoas. Estas informações vão nos ajudar a fazer um planejamento mais assertivo de Foz do Iguaçu”, acredita o prefeito.
Projeção financeira
Em relação ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM), mecanismo utilizado pelo TCU para definir quanto cada estado e município vai receber, Chico Brasileiro disse que a prévia do IBGE não vai alterar em nada para Foz do Iguaçu. “Os repasses são por faixas de população e como estamos acima de 250 mil, não vai alterar em nada”, analisou.
Em relação à atenção básica da saúde, o número de moradores é um critério utilizado pelo Ministério da Saúde para financiamento do sistema, porém existem outros com forte influência para definir o valor recebido pelo município por cada cidadão. O órgão também utiliza, neste cálculo, os números de equipes de Saúde da Família, dos cadastrados nos programas de saúde permanentes, como hipertensos, hanseníase e outros.
“As equipes e as unidades de saúde definem o financiamento do SUS (Sistema Único de Saúde), não é mais um critério único, mas o índice populacional influencia no montante a ser recebido pelo município. Vamos ter um certo incremento de recursos pelo número habitacional, mas não é o que influencia muito”, concluiu o prefeito.
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