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Comerciantes e moradores do Jardim São Paulo e Conjunto Libra irão realizar, a partir das 10h deste sábado (20), uma manifestação pedindo a ação das autoridades competentes para a retirada de pessoas em situação de rua que ocuparam a Praça da Bíblia, às margens da Avenida República Argentina, em Foz do Iguaçu. Segundo os organizadores, após dormirem, fazem necessidades fisiológicas em frente aos comércios e intimidam pedestres que passam pelo local.
Com o aumento da população de rua na Praça da Bíblia e ruas próximas, a região passou a conviver com uma rotina de furtos e roubos, como o ocorrido na manhã desta quinta-feira (18) na Rua Capivari (Conjunto Libra). Os assaltantes fizeram a família de refém. O crime só não terminou em tragédia devido a rápida intervenção de equipes da Guarda Municipal.
"Moro duas quadras da praça e, na verdade, devido aos habitués da praça, estou indo muito pouco ali", contou um morador, que o GDia irá preservar o nome para garantir sua segurança. "Sei que hoje prenderam dois que estavam assaltando morador do Libra, ontem (quarta, 17) também na frente da Caixa Econômica deu um quebra-pau entre estes moradores de rua, um quebrou o braço do outro, vi na televisão".
"O troço está feio por ali, meu Deus", concluiu. Outra moradora, em conversa reservada com a reportagem, contou que ia com o marido geralmente as noites de sexta-feira. "A gente ía pegar lanche, a pé, de boa. Agora, não mais. Sem chance. Aqui, deu 18h30 estamos trancados em casa. Nem na frente, tomando um chima, não dá mais", concluiu.
Quem frequenta a Ferinha nas manhãs de sábado já percebeu o problema. "Sempre viemos comprar produtos coloniais, queijos, salame, banha... tem momentos que vem um cheiro forte das drogas que eles consomem", informou uma moradora da área rural. "As vezes isto incomoda mesmo", afirmou.
Intimidação
Além da insegurança, os moradores em situação de rua acabam intimidando quem transita ou mora pelo local. A situação é mais crítica na Praça da Bíblia. "Tem muitas pessoas morando ali, dormindo, deixam coisas jogadas na frente das empresas, fazem suas necessidades fisiológicas na frente do comércio, tentam entrar para pedir comida, fazem ameaças", contou uma comerciante.
“A gente quer que a prefeitura faça e execute esse projeto para socializar essas pessoas e quem não é de Foz, que mandem para a cidade deles. Não queremos que eles sejam excluídos do mundo, queremos uma solução deste problema”, disse. Segundo ela, além de prejudicar o comércio, a situação compromete a qualidade de vida de todos.
A mobilização quer chamar a atenção da imprensa e das autoridades para os problemas que estamos enfrentando já há algum tempo. "É um movimento político sim, para reivindicar qualidade de vida, condições de trabalho, segurança para todos e nossos direitos como cidadãos. Informamos, no entanto, que não é um movimento partidário, nem ideológico", ressaltou.
União
A comerciante apela para que todos os moradores, vizinhos, comerciantes da região, "que também estejam se sentindo prejudicados, ou inseguros, participem. Precisamos nos unir para buscar aquela tranquilidade que tínhamos há algum tempo, novamente".
"Queremos poder tomar um chimarrão na frente das nossas casas, caminhar com tranquilidade, passear com os cachorros sem receios, fazer compras no bairro, ir e voltar do trabalho sem medo, enfim... queremos paz", conclui a comerciante.
assessoria