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Os Exércitos do Paraguai e Brasil uniram forças para frear o contrabando, descaminho e o tráfico de drogas, armas e munições nas áreas de fronteira. Teve início na última terça-feira (19) as operações Ágata Oeste e Basalto, que intensificarão os bloqueios, abordagens e patrulhamentos nas áreas com maior índice de crimes até o final de julho.
O lançamento das ações em nível nacional foi realizado em Ponta Porã (MS) e contou com a presença do Ministro da Defesa do Brasil, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. Representando o Paraguai estiveram presentes o Ministro da Defesa, Bernadino Estigarribia; o Ministro do Interior, Federico Delfino; o titular da Secretaria Nacional Antidrogas (senad), Zully Rolón; e o comandante da Polícia Nacional, Gilberto Fleitas.
“As operações fortalecem a integração entre ministérios, órgãos federais, estaduais e agências governamentais internacionais, a fim de contribuir para o fortalecimento da prevenção, controle, fiscalização e repressão dos delitos transfronteiriços. Entretanto, o principal objetivo da operação é o aumento da sensação de segurança na população pela efetiva presença das Forças Armadas”, destacou o ministro Paulo Oliveira.
As operações acontecerão de forma simultânea em cada país, reforçando a segurança nas regiões mais críticas. Do lado brasileiro, a Ágata Oeste envolve o Ministério da Defesa, o Ministério da Justiça e Segurança Pública e o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. O controle operacional no país ficará a cargo do Comando de Operações de Defesa Interna (CODI).
Já no território paraguaio, a operação Basalto, conta com o apoio do Ministério da Defesa, Forças Militares, Estado-Maior Conjunto, Ministério do Interior e Secretaria Nacional Antidrogas (Senad). Além da Polícia Nacional e a Unidade Interinstitucional de Combate ao Contrabando.
De acordo com o ministro do Interior, Federico González, é a primeira vez que se atinge essa magnitude e nível de operação combinada, conjunta e interinstitucional. “O objetivo é dar uma luta frontal contra o crime organizado transnacional que acontece nas fronteiras”, disse.
As Forças Armadas optaram por não divulgar o efetivo empregado nas ações, nem grandes detalhes do trabalho por conta da dimensão das atividades. A apresentação da logística de ação ocorreu a portas fechadas, sendo restringida inclusive a presença da imprensa.
Neste primeiro momento os trabalhos se concentrarão com maior peso na fronteira seca com o Mato Grosso do Sul, apontada como uma das principais portas de entrada de entorpecentes. Na região de Foz do Iguaçu e Ciudad del Este intervenções de segurança, alheias as operações Ágata e Basalto, já vem ocorrendo há cerca de dois meses, visando a destruição de portos clandestinos. Barreiras de fiscalização estão sendo realizadas na BR 277 e estradas rurais da região.
Sucesso em apreensões
Em sua última edição realizada entre maio e junho nas regiões Sudeste e Sul do Brasil, a Operação Ágata resultou em 22 pessoas presas, cerca de R$ 83 milhões em produtos ilícitos apreendidos e R$ 24,2 milhões entre multas e materiais contrabandeados.
Nesta edição, a operação contou com 2.500 integrantes, entre militares e agentes. Os profissionais estiveram envolvidos nas ações preventivas e repressivas, com postos de bloqueio e controle em estradas urbanas e rurais, patrulha e inspeção de embarcações nos rios e área marítima, além de monitoramento aéreo da área de operação.
A Operação Ágata integra o Plano Estratégico de Fronteiras (PEF) do Governo Federal, criado para prevenir e reprimir a ação de criminosos na divisa do Brasil com dez países sul-americanos. Além da Defesa, a Ágata envolve a participação de 12 ministérios e 20 agências governamentais.
Fonte Gdia