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A Fundação Municipal de Saúde de Foz do Iguaçu deve eleger, nesta quinta-feira (23), o novo diretor, no lugar médico Amon Mendes Franco de Sousa, que deixou o cargo na terça-feira (21). O nome do substituto deve ser definido durante a reunião do Conselho Curador, composto por representantes da Administração Municipal, Secretaria de Estado da Saúde, Conselho Municipal de Saúde e Consórcio Intermunicipal de Saúde Iguaçu.
A convocação do Conselho atende a Recomendação Administrativa 03/2022 do Ministério Público (MPPR), através da 9ª Promotoria de Justiça de Foz do Iguaçu, informa em nota a Prefeitura. Na manifestação, o promotor Luis Marcelo Mafra Bernardes da Silva recomendou o afastamento temporário do diretor-presidente e a intervenção administrativa do Hospital Municipal Padre Germano Lauck, devido a suposta irregularidades na gestão.
"Foi convocada, para a próxima quinta-feira (23), uma reunião do Conselho Curador da Fundação Municipal de Saúde", informou a Prefeitura. A medida levou em consideração "atender a referida Recomendação Administrativa" do MPPR, que levou o Diretor Presidente da Fundação e o prefeito Chico Brasileiro (PSD), "em comum acordo", optarem pela substituição no cargo.
Durante a reunião do Conselho Curador, "será apresentado um novo nome técnico e que igualmente preencha os requisitos constantes do Estatuto da Fundação para transição no cargo de Diretor Presidente da Fundação Municipal de Saúde", diz a Prefeitura.
"A prefeitura agradece a dedicação e o comprometimento do médico Amon Mendes Franco de Sousa à frente da direção da instituição desde o mês de junho de 2021 e reconhece todas as ações realizadas e que trouxeram e continuarão trazendo benefícios e melhorias à instituição, tal como todos os indicadores apresentados comprovam", completa a nota.
Prazos
Em março deste ano, o MPPR já havia recomendado a intervenção no hospital e o afastamento do diretor presidente. Logo em seguida o ato foi retirado e o órgão deu 90 dias para os ajustes na Fundação de Saúde. Entre as considerações do promotor Mafra, estão informações prestadas pelo presidente do Conselho Fiscal da Fundação Municipal de Saúde, contando sobre pagamentos de horas-extras não executadas, no primeiro trimestre de 2022, no valor de R$ 250 mil.
A recomendação da Promotoria ressaltou ainda, declarações prestadas pelas empresas de ortopedia e traumatologia, "de ausência de ambiente estéril e seguro para realização de cirurgias", como materiais não esterilizados conforme normas de biosegurança, porta de acesso ao respectivo local danificada a impedir o isolamento total com o corredor e mosca abatida no centro cirúrgico na sala cirúrgica.
assessoria