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O dia de Corpus Christi foi marcado por uma série de celebrações e atos de solidariedade em Foz do Iguaçu. Diferente dos anos anteriores, quando toda a comunidade católica se reunia em uma única missa, neste ano cada igreja pode realizar os seus ritos em cada bairro.
Na catedral Nossa Senhora de Guadalupe, na Vila A, a confecção do tradicional tapete teve início às 5h. Equipes de grupos de jovens, pastorais e outros movimentos auxiliaram nos trabalhos. Nem mesmo o friozinho da manhã espantou os fiéis, que usaram a criatividade para elaborar diferentes artes com pós coloridos, serragem, tampinhas de garrafa e outros materiais.
Às 9h30 foi realizada a missa, presidida pelo bispo Dom Sérgio de Deus Borges. Durante a homilía (popular sermão), o sacerdote lembrou os milagres de Jesus Cristo e sua compaixão com a humanidade. Ele destacou ainda a importância da Eucaristia para os católicos e a necessidade de fortalecer a fé.
“É bom demorar-se com Jesus, inclinar-se diante dele na santíssima Eucaristia, assim como fez o apóstolo João na última ceia com o senhor. Quando nós nos demoramos em oração diante do sacrário, nós também estamos ali nos inclinando diante do senhor, deixando-nos tocar pelo amor infinito do seu coração. A oração tem que fazer parte da nossa vida”, destacou Dom Sérgio.
Gesto de amor
Na paróquia São João Batista, no centro de Foz, o tapete de Corpus Christi foi confeccionado de forma diferenciada. O trajeto para a procissão do Santíssimo (ostensório com a hóstia consagrada) foi montado ao redor da Praça da Paz, com cobertores e agasalhos doados em uma campanha organizada pela própria igreja.
A idea surgiu devido à proximidade com o inverno, que vem provocando ondas intensas de frio na fronteira. Muitas famílias em situação de vulnerabilidade social e moradores de rua não têm condições de se proteger de forma adequada e contam com a solidariedade das pessoas.
A montagem do tapete também começou na madrugada, com a ajuda de voluntários. Lonas foram colocadas no trajeto para proteger as peças de roupas. Posteriormente tudo será higienizado e doado a quem mais precisar.
“O dia de Corpus Christi é uma oportunidade para os cristãos celebrarem um dos sacramentos que fundamentam a religião católica: a Eucaristia. A expressão Corpus Christi vem do latim e quer dizer corpo de Cristo. Tudo nesta data foi feito com muito amor e criatividade”, contou o pároco da igreja, padre Carlos Humberto.
Giro pelas comunidades
Na paróquia São Francisco de Assis, no Morumbi, os tapetes começaram a ser confeccionados às 9h e a missa foi celebrada às 15h com procissão. Na paróquia Nossa Senhora da Saúde, no Portal da Foz, o tapete foi feito por volta das 5h30 e a missa foi realizada na quadra do Colégio Estadual Almiro Sartori às 9h.
Nas paróquias Nossa Senhora das Graças, no Jardim Ipê; São Paulo Apóstolo, no Jardim Maracanã; e Menino Jesus, no Libra; as missas também ocorreram na parte da manhã com procissões.
Boa parte das comunidades aproveitou a data para angariar mantimentos e outros produtos para pessoas carentes. As campanhas, que começaram com um mês de antecedência, irão amenizar o sofrimento de centenas de pessoas.
Simbolismo
A festa de Corpus Christi acontece sempre 60 dias depois do Domingo de Páscoa ou na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, em alusão à Quinta-Feira Santa quando Jesus instituiu o sacramento da Eucaristia. O evento foi criado pelo Papa Urbano IV em 1264.
Pela tradição, a festa é um momento em que essa hóstia consagrada sai da igreja ao encontro dos fiéis. Por isso as procissões se tornaram características. Com toda essa simbologia, virou tradição o enfeite dos espaços públicos para a passagem de procissões, com tapetes, pinturas ou ilustrações religiosas feitas com serragens de madeira coloridas.
fronteira/gdia