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A chuva torrencial que atingiu o Oeste na manhã de quarta-feira (23) causou alagamentos em vários pontos de Foz do Iguaçu. Equipes da Defesa Civil foram mobilizadas para resgatar pessoas “ilhadas” e minimizar estragos causados pela água em residências e prédios públicos.
De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), somente nas primeiras horas de ontem choveu um acumulado de 120mm, volume este que corresponde a quase toda a precipitação esperada para março, mês que costuma registrar uma média de 134mm de pluviosidade.
As avenidas Juscelino Kubistchek (JK), Costa e Silva, Morenitas e José Maria de Brito foram algumas das vias mais atingidas. A água subiu tanto nesses locais que muitos carros tiveram os motores danificados. Alguns condutores precisaram de auxílio para sair das vias.
A água também invadiu Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e algumas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Felizmente nenhuma família ficou desabrigada. Cinco lonas foram distribuídas para ajudar na proteção de móveis e outros pertences dos atingidos.
Além das enchentes, a chuva também provocou a queda de três árvores, sendo duas dentro do Rio Boicy e uma na Avenida Tancredo Neves. Um poste da rede elétrica acabou cedendo na Avenida Andradina e deixou 256 imóveis sem energia.
A Defesa Civil continua em alerta, já que a previsão é de mais chuva para hoje (24). Rios e locais mais afetados estão sendo monitorados com o auxílio de equipes do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM), que trabalham na verificação de câmeras em locais de risco. Em caso de emergência, ligue 199.
“Foz do Iguaçu não recebeu nenhum alerta dos institutos de metereologia do Paraná sobre essa possibilidade de chuva. Por conta própria, e com base nos institutos do Paraguai e da Argentina, iniciamos o alerta ainda na madrugada. O esperado para três dias era de 250 mm, mas provavelmente passaremos disso” afirmou Evaldo Guimarães, da Defesa Civil.
Limpeza de Bueiros
O excesso de chuva também dificulta o escoamento da água nas vias, por isso as equipes municipais estão trabalhando na desobstrução e limpeza dos bueiros. A ação é composta por servidores das secretarias de Meio Ambiente, Obras, Fazenda e Segurança Pública, além do Corpo de Bombeiros.
“Em dias como hoje, uma boca de lobo pequena não suporta a enxurrada de água, mas logo que a chuva acalma, não há mais alagamento. Outra ação realizada frequentemente pela Prefeitura é a limpeza de rios e regiões com risco de alagamentos”, explicou o secretário de obras, Cézar Furlan.
Outono sob o La Ninã
O Outono, que teve início no último dia 20, segue sob influência do La Ninã. O fenômeno se caracteriza por temperaturas mais elevadas nas águas do Oceano Pacífico que banham a Costa Oeste da América do Sul, e no Atlêntico Sul. Esses dois fatores combinados devem resultar em mais chuvas.
O fenômeno também deve fazer com que ondas de frio cheguem ao país ainda em meados de abril. Mas não há previsão de geada para os próximos 40 ou 50 dias. A boa notícia, é que o clima deve contribuir com o desenvolvimento de lavouras de milho, café, cana-de-açúcar e de hortaliças de inverno, além do trigo no Rio Grande do Sul.
Em relação às temperaturas, o frio deve começar mais cedo e a estação pode ser mais fria que o normal, principalmente para a Região Sul e porção leste do país.
Fronteira / Gdia - Foto: Rádio Cultura