Visando o combate aos crimes de contrabando, descaminho e tráfico de armas, drogas, e munições, o Exército intensificou nesta semana o controle de pessoas e veículos em Foz do Iguaçu e região. A ação integra a Operação Ágata/Fronteira Sul, sob o comando da 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada, com sede em Cascavel.
Cerca de 200 militares do 34° Batalhão de Infantaria Mecanizado (34° BIMec) foram mobilizados para a operação, que não tem data para término. O trabalho conta com o apoio de outros órgãos de Segurança Pública e Fiscalização, como Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal e Força Nacional.
Diversos bloqueios foram instalados em pontos estratégicos da fronteira. Um dos locais de maior atenção é a região da Ponte Internacional da Amizade. O alvo são pessoas suspeitas e veículos com fundo falso que possam estar transportando ilícitos. Diversas abordagens vêm sendo realizadas desde a última sexta-feira (11).
Além da aduana Brasil/Paraguai, as estradas vicinais e BR-277 também são foco da atenção dos militares. Nestes pontos, ônibus e carros de passeio são parados e revistados com o intuito de identificar, especialmente, o transporte de mercadorias importadas de maneira irregular. A ação também auxilia na identificação de possíveis foragidos da Justiça.
“Este trabalho é uma das atividades que o Exército realiza de forma periódica, visando o combate aos crimes transfronteiriços. O objetivo é melhorar a segurança para os moradores e turistas, com a presença dos militares na rua. Pedimos especialmente que a população tenha paciência durante as abordagens. Sabemos que é um processo que por vezes incomoda, mas que é necessário à efetividade da operação”, destacou o comandante do 34°BIMec, coronel Georgingtown Haullinson Farias.
Ainda no contexto da primeira edição da Ágata 2022, haverá patrulhamento aquático no Rio Paraná, Rio Iguaçu, Lago de Itaipu e outros locais conhecidos pela existência de portos clandestinos usados para o transporte de diversos produtos oriundos do Paraguai e Argentina, especialmente no período da noite.
“O principal foco da operação é ampliar a presença das forças de segurança do estado na fronteira, que é onde percebemos a maior incidência de crimes envolvendo o tráfico de drogas, armas e o contrabando de diferentes produtos. Com essa medida, nós limitamos a liberdade de ação das organizações criminosas”, explicou o comandante Haullinson.
Proteção de Fronteiras
As ações da Operação Ágata estão inseridas no Programa de Proteção Integrada de Fronteiras, instituído pelo Decreto Presidencial nº 8.903, de 16 de novembro de 2016, e tem como objetivo intensificar as medidas de controle, fiscalização e repressão ao transporte de ilícitos nas regiões de fronteira, fortalecendo a presença do Estado nesses locais.
Além do Exército, a Ágata tem o apoio da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional de Segurança Pública, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Ibama, Funai, Receita Federal e órgãos de segurança dos estados das regiões de fronteira, que dão suporte nas abordagens e fiscalizações em vários seguimentos.
fronteira/gdia