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Os trabalhadores do transporte coletivo urbano de Foz do Iguaçu decidiram, em assembleia nesta terça-feira (08), retomar a paralisação a partir da próxima quinta-feira (10). De acordo com comunicado do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (SITROFI), as atividades serão encerradas às 9h. Eles cobram a renovação de acordos trabalhista, vale alimentação e extras por dupla função.
A paralisação do transporte coletivo ocorre menos de um mês após a categoria encerrar a greve que começou dia 22 de fevereiro e foi encerrada um dia após. Na ocasião, os trabalhadores aceitaram a proposta de reajuste salarial a partir de 1º de março feita pelas empresas que formam o Consórcio Sorriso, responsável pela operação do serviço em Foz do Iguaçu.
No comunicado de ontem, o SITROFI diz que a decisão da categoria foi motivada pela "não renovação dos Acordos Coletivos de Trabalho e Termos Aditivos correspondente aos anos 2020/2021 e 2021/2022". A intenção é fazer as empresas virem a público e se posicionarem quanto as diferenças salarias originarias pela inflação dos períodos, 06/2019 a 05/2020 e 06/2020 a 05/2021.
"(...) sendo que as empresas precisam pagar os retroativos e corrigir os salários, vale alimentação e plus para exercer a dupla função e bem como a renovação de todas as cláusulas do ACT e Termo Aditivo 2019/2020", ressalta o SITROFI. O comunicado, de acordo com a organização, é para dar cumprimento a Lei n° 7.783/89, conhecida como a Lei da Greve.
Montante
As perdas salariais dos trabalhadores do transporte coletivo nos últimos dois anos são de aproximadamente 30%, segundo cálculos do SITROFI. Ao anunciar o encerramento da greve em fevereiro, o presidente Dilto Vitorassi ressaltou que as empresas haviam se comprometido pagar os salários de motorista no mesmo valor de junho de 2021 e que as cestas básicas também seriam retomadas.
Na ocasião, o sindicato divulgou a minuta do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), assinado pela Transportes Urbano Balan, Expresso Vale do Iguaçu e Viação Cidade Verde, que formam o Consórcio Sorriso. O documento destacava que o piso e a cesta básica dos motoristas seriam "reajustados em 2,0507%, acrescido de 8,89%, de forma que o salário reajustado será de R$ 2.981,41 e a cesta básica de R$ 563,13".
A paralisação ocorre em um momento conturbado na prestação do serviço. O atual contrato do transporte coletivo termina no sábado (12), quando a operação será assumida por outra empresa, que será contratada de forma emergencial pelo período de um ano. Até o fechamento da edição, o consórcio que representa as empresas não havia se manifestado sobre a greve.
fronteira/ Gdia