Os trabalhadores do transporte coletivo urbano de Foz do Iguaçu encerraram a greve no início da tarde desta quarta-feira (23). A volta aos trabalhos foi definida em assembleia geral da categoria que aceitou a proposta de reajuste salarial a partir de 1º de março. O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário (SITROFI) diz que 100% da frota está rodando. No entanto, o itinerário seguido é o mesmo de domingo, o que indica um estado de greve.
A primeira greve dos trabalhadores do transporte coletivo deste ano teve início na manhã de terça-feira (22), conforme decisão em assembleia nos dias 15 e 16 de fevereiro. A mobilização foi definida para cobrar das empresas que integram o Consórcio Sorriso, a reposição salarial de 2020/2021 e 2021/2022, além de cestas básicas, interrompidas durante a pandemia do coronavírus (covid-19).
As perdas salariais nos últimos dois anos são de proximamente 30%, segundo cálculos do SITROFI. De acordo com o presidente Dilto Vitorassi, após a assembleia que suspendeu a greve, 100% da frota de ônibus está circulando "normalmente". No entanto, o itinerário que está sendo seguido é o de domingo.
De acordo com, as empresas se comprometeram a pagar os salários de motorista no mesmo valor de junho de 2021 e as cestas básicas também serão retomadas. Vitorassi explicou que, diferente de outros acordos que não foram cumpridos pelas empresas, esse foi assinado, dando possibilidade aos trabalhadores de recorrer na justiça caso a empresa não cumpra. O prazo é de 20 dias para cumprimento.
Preto no branco
O Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que suspendeu a greve dos trabalhadores do transporte coletivo é assinado pela Transportes Urbano Balan, Expresso Vale do Iguaçu e Viação Cidade Verde, que formam o Consórcio Sorriso. A normativa entrará em vigor no dia 1º de março, com prazo até 31 de maio de 2022.
O piso salarial da categoria e a cesta básica dos motoristas, a partir do início do prazo, "serão reajustados em 2,0507%, acrescido de 8,89%, de forma que o salário reajustado será de R$ 2.981,41 e a cesta básica de R$ 563,13".
"O salário e cesta básica dos demais empregados será reajustado no mesmo percentual aplicado sobre o salário dos motoristas", destaca trecho da cláusula 2ª. O acordo, segundo o entendimento, não tem por finalidade encerrar eventuais passivos e nem extinguir os dissídios decorrentes das datas bases anteriores, "que serão objeto de decisões pelo poder judiciário, o qual seguirá o seu curso normal até o julgamento final".
A discussão sobre potencial reajuste salarial relativo ao período de 1º de junho de 2021 à 31 de maio de 2022 será objeto de futura negociação quando do advento da nova data-base, destaca o acordo.
O documento assinado com os trabalhadores "é considerado firme e valioso para abranger, por seus dispositivos, os contratos individuais de trabalho firmado entre as empresas ora signatárias e os trabalhadores pertencentes à categoria profissional da entidade sindical mencionada".
fonte Gdia
