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Empresas de ônibus devem mais de R$ 50 milhões a Prefeitura de Foz, diz secretário

Publicada em 23/02/22 às 11:15h - 100 visualizações

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Empresas de ônibus devem mais de R$ 50 milhões a Prefeitura de Foz, diz secretário
 (Foto: Reprodução)

A Prefeitura afirma que as empresas de ônibus que integram o Consórcio Sorriso devem mais de R$ 50 milhões. O montante, que deveria ser aplicado na qualidade do serviço, foi economizado na redução de frota e itinerários desde o início da pandemia do coronavírus (covid-19), afirmou o secretário da Transparência e Governança, José Elias Castro Gomes. A greve dos trabalhadores do transporte coletivo urbano de Foz do Iguaçu chega ao segundo dia nesta quarta-feira (23).
Nos últimos oito meses, José Elias coordenou a comissão que conduziu o processo administrativo que resultou na caducidade do contrato do transporte coletivo. "A partir deste acompanhamento que tenho feito, com a economia que eles tiveram com salários, pagando só por hora, rodando menos quilometragem, itinerários e linhas, estimo que no decorrer deste contrato, devam mais de R$ 50 milhões para o município", disse.
O secretário acompanhou, na manhã de ontem, o início da greve dos trabalhadores. "O momento é da discussão dos salários. O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) deve julgar daqui alguns dias (o dissídio coletivo da categoria)", frisou. José Elias reforçou que as empresas do consórcio estão sólidas. “Elas têm um faturamento alto e poderiam vir pagar em dia".
"Mas criam toda esta situação negativa, que envolve os trabalhadores e a população, e quem perde hoje são os usuários", lamentou. Em função disto, o secretário ressaltou que defende a realização de uma ampla auditoria desde o primeiro dia que começou o contrato, em 2010.

"Dever para a Prefeitura é dever para a população", disse José Elias. De acordo com ele, caso a Prefeitura consiga reverter isto e no futuro, através de ações perícias judiciais, o montante "deve ser convertido em devolução para a população através de valor de passagem". Até o fechamento da edição, as empresas não haviam se manifestado sobre a denúncia.
Reivindicação
Os trabalhadores cobram, de acordo com pauta definida em assembleia nos dias 15 e 16 de fevereiro, reposição salarial e repasse de cestas básicas que chegam a 30% de perdas nos últimos dois anos, diz o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário (SITROFI). "A greve continua", informou ontem ao GDia o diretor de comunicação Rodrigo Andrade de Souza.
"Os empresários ficaram de enviar uma proposta até 8h (20h) da noite (de ontem) ou algum documento assinado que já tinha sido conversado", adiantou o líder sindical. Os trabalhadores, adiantou ele, deliberaram em assembleia que a greve continua e a partir das 20h os ônibus iriam sair para a garagem. 

"A orientação que o sindicato tem dado é que se cumpra a lei de greve e amanhã (hoje, 23) cedo, as 9h começa novamente a paralisação aqui e caso chegue o documento ele será analisado em assembleia pelos trabalhadores e colocado em votação", completou Rodrigo de Souza.






fonte  Gdia




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