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Os trabalhadores do transporte coletivo urbano de Foz do Iguaçu comçaram paralisar as atividades a partir das 9h desta terça-feira (9). A medida extrema foi definida pela categoria como forma de pressionar o consórcio responsável pelo serviço para pagamento de salário atrasado, volta das cestas básicas e renovação dos acordos coletivos do trabalho (ACT) dos últimos dois anos.
A paralisação desta manhã, conforme anuncio no final de outubro, é uma continuação da greve iniciada em abril e suspensa dia 1º de julho, após um acordo mediado pela Justiça do Trabalho. No entanto, as empresas não teriam cumprido o entendimento que previa reposição salarial das perdas em 2020, informa o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Foz do Iguaçu (Sitrofi).
A categoria está com o salário de outubro em atraso. ?O pagamento era para ter sido feito na sexta-feira passada (dia 5), e fizeram o pagamento de apenas 30%?, adiantou o presidente do Sitrofi, Dilto Vitorassi. Os trabalhadores cobram também a renovação dos acordos trabalhistas - ACT 2020/2021 e ACT 2021/2022.
Em relação ao vale alimentação, o Sitrofi informa que há um ano e meio que duas empresas (Viação Cidade Verde e Expresso Vale do Iguaçu) deixaram de pagar o benefício no valor de R$ 506. "A Transporte Urbano Balan vem pagando um terço do valor a um ano e seis meses", disse o secretário-geral do sindicato, Rodrigo Andrade de Souza.
Pico sem frota
O presidente Dilto Vitorassi salientou que o sindicato orienta a categoria a seguir o que prevê a Lei de Greve, com a manutenção do transporte nos horários de pico. No entanto, existe uma pré-disposição dos trabalhadores de descumprir esta normativa.
?Há uma corrente muito forte entre os trabalhadores de que isso seja construído só no primeiro dia, depois eles acham que não há nenhuma necessidade para manter esse rito (colocar ônibus nos horários de pico)?, afirmou Vitorassi.
Contexto
No dia 1º de julho, os trabalhadores do transporte coletivo suspenderam a mais longa greve da histórica da categoria em Foz do Iguaçu, iniciada em 13 de abril. Desde então, conforme relatou o sindicato, eles vem recebendo os vencimentos fatiados ao longo do mês.
A greve foi definida pela direção do sindicato após uma série de reuniões com representantes do consórcio. De acordo com estimativa da instituição, o prejuízo acumulado pelos motoristas de duas empresas, sem as reposições, é superior a R$ 12 mil. Já os trabalhadores da terceira empresa, os valores somam aproximadamente R$ 5 mil.
fonte gdia