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As circunstâncias de um assassinato brutal registrado nos últimos dias em Foz do Iguaçu vêm desafiando as equipes da Polícia Civil e intrigando os moradores da cidade. O crime, que teve como vítima Cleiton Eugênio da Silva, de 33 anos, se transformou em um quebra-cabeça depois que o corpo dele foi localizado mutilado.
As investigações sobre o caso tiveram início no dia 10 de outubro, quando a família de Cleiton procurou a 6ª Subdivisão Policial para registrar o desaparecimento dele, que teria sido visto pela última vez no dia 9.
Após cinco dias de buscas, em 14 de outubro, o corpo do rapaz foi localizado pela Marinha Paraguaia, na região de Hernandárias. Silva foi esquartejado e teve os restos mortais acondicionados em um saco plástico, que foi descartado em uma área do Lago de Itaipu em Foz, de onde seguiu boiando até o país vizinho.
Com as evidências do crime, a Polícia Civil deu início a uma operação para identificar o local do homicídio e o autor. Depois de um intenso trabalho, as equipes chegaram até o cenário do crime: um box instalado dentro de um condomínio residencial, que também funciona como um popular clube náutico na fronteira.
No local, peritos localizaram marcas de sangue e recolheram imagens de câmeras de segurança, que foram submetidas à análise. As filmagens confirmaram que Cleiton, que era sócio do espaço, havia ido até o clube no dia de seu desaparecimento. A caminhonete da vítima foi estacionada na garagem ao lado do box onde ele foi morto.
De acordo com a polícia, um homem foi identificado nas imagens. Ele foi flagrado em comportamento estranho, alterando a posição das câmeras, que chegaram a ser desligadas e religadas por diversas vezes.
Ordens de busca foram expedidas e cumpridas no box, onde foram apreendidos um veículo e uma lancha. Ainda das filmagens, segundo a polícia, é possível ver um suspeito em companhia de outro homem, saindo com a lancha no dia 10 de outubro, dia seguinte ao sumiço de Silva, e indo em direção ao Lago de Itaipu. Eles demoraram cerca de duas horas para retornarem.
O suspeito foi identificado como sendo o proprietário do box, de 40 anos. Ele foi preso na segunda-feira (21) e conduzido para prestar depoimento, mas se reservou ao direito de permanecer calado durante o interrogatório. O homem foi levado para a Cadeia Pública Laudemir Neves e permanece à disposição da Justiça no momento.
Suposta traição
De acordo com a delegada responsável pela apuração do caso, Iane Cardoso, o suspeito do crime não revelou nenhum tipo de detalhe sobre sua relação com a vítima. Entretanto, as investigações apontam que o homicídio possa ter sido motivado por uma suposta traição.
“De acordo com o que foi apurado, identificamos que a vítima teria mantido um relacionamento com a esposa do investigado durante a constância do matrimônio e que esse teria sido o motivo do término do relacionamento e que ela estava convivendo atualmente com a vítima”, afirmou a delegada.
Repercussão
Diante da repercussão do caso, o clube onde o crime ocorreu manifestou-se por meio de nota afirmando que lamenta o crime e que está colaborando em todas as ações da Polícia Civil.
“Estamos profundamente consternados e surpresos com o desenrolar dos fatos, confiando no excelente trabalho desempenhado pela Delegacia de Homicídios para a elucidação deste crime. Clamamos por justiça, esperando que todos os responsáveis sejam identificados e devidamente punidos conforme o rigor da lei”, destacou a diretoria do Oeste Paraná Clube.
Os responsáveis pelo espaço afirmaram ainda que repudiam todas as informações falsas que possam vir a serem divulgadas nas redes sociais alheias às investigações, e que “o clube possui compromisso com a justiça, com a verdade e com os sócios do local”.