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A vereadora Anice Nagib Gazzaoui (PP) foi alvo, na manhã de quarta-feira (25), da Operação Cashback, deflagrada pelo Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), para apurar um suposto crime de “rachadinha” na Câmara Municipal de Foz do Iguaçu (CMFI).
A ação foi comandada por equipes locais, com apoio de agentes de Cascavel. Três ordens de busca e apreensão foram cumpridas contra a parlamentar, o ex-assessor dela, policial federal aposentado. Os dois envolvidos não tiveram os nomes divulgados.
De acordo com as apurações, os suspeitos teriam exigido parte dos vencimentos dos assessores nomeados para o gabinete da vereadora e do servidor público, lotado no Executivo Municipal, como condição para permanecerem nos cargos em comissão vinculados à parlamentar.
Os mandados judiciais foram executados nas residências dos alvos e também na sede da Câmara. O trabalho foi acompanhado pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção de Foz, Vitor Hugo Nachtygal; além de membros da Comissão de Prerrogativas. A medida foi necessária porque a vereadora é também advogada, regularmente inscrita na ordem.
Nas buscas foram recolhidos celulares, computadores, documentos e dinheiro em espécie. Os materiais foram encaminhados para perícia e análise. Os resultados auxiliarão nos desdobramentos da investigação. Dentre as atividades apuradas estão crimes contra a administração pública, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Em destaque, o Ministério Público evidenciou que os mandados executados ontem foram deferidos em 24 de setembro, pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, mas a investigação é anterior.
Em janeiro deste ano, o MPPR havia requerido as medidas, que foram negadas pelo Juízo de Primeiro Grau. O Gaeco recorreu e obteve as ordens por meio do TJPR, em decisão unânime.
Manifestação
Por meio de nota, a CMFI afirmou que está colaborando com as investigações e que os fatos estão sendo apurados em segredo de Justiça, motivo pelo qual não prestará maiores detalhes.
Também por meio de nota, e em vídeo divulgado nas redes sociais, a defesa de Anice Gazzaoui disse que a operação, realizada a apenas 11 dias das eleições “é uma grave manifestação de evidente perseguição política que sofre a candidata”. A vereadora concorre pelo PP à reeleição no pleito municipal.
Ainda na publicação, os advogados da investigada destacam que “não há sequer indício da existência de qualquer crime, tanto é verdade que o pedido do Gaeco foi negado pela Justiça de Foz do Iguaçu e deferido apenas pelo Tribunal de Justiça, o qual entendemos que foi gravemente induzido em erro”.
Por sua vez, Gazzaoui ressaltou que está à disposição da Justiça e da população e que seguirá com sua campanha política.