O lançamento de um selo dos Correios alusivo ao Tratado da Itaipu e a abertura de duas exposições marcaram o aniversário de 36 anos do Ecomuseu, nessa segunda-feira (16). A cerimônia aconteceu em frente ao museu da Itaipu e contou com a participação de diretores da Binacional e outras autoridades. Os selos estarão disponíveis nas lojas dos Correios a partir de quarta-feira (18). As exposições serão abertas ao público na mesma data, com visitação gratuita.
“A gente precisa manter a história viva. A história do Tratado é também a história dos trabalhadores que construíram Itaipu”, afirmou o diretor-geral brasileiro da usina, Enio Verri. “Devemos fazer da Itaipu um grande instrumento de mudança e, para isso, temos que ter orgulho do que construímos. Um museu é muito mais do que contarmos o passado, mas nos animarmos para o futuro.”
Segundo Enio, na Itaipu não são contados apenas os megawatts produzidos: “somos uma empresa que, ao fim de cada mês, conta como melhoramos a vida das pessoas, como contribuímos para que tenhamos mais vagas nas escolas e para que a população possa se alimentar melhor, ou o quanto contribuímos para a geração de mais empregos.”
Além do diretor, participaram da solenidade o secretário municipal de Turismo, André Alliana; o diretor de Coordenação Executivo da Itaipu, Júlio Rodrigues Paredes; o diretor de Coordenação da Itaipu, Carlos Carboni; a diretora econômico-financeira dos Correios, Maria do Carmo Lara Perpétuo; o presidente do Instituto Pedra, Luiz Fernando de Almeida, e a gerente da Divisão de Educação Ambiental da Itaipu, Cintia Bená Valoto.
Selo do Tratado
O selo personalizado alusivo aos 50 anos do Tratado de Itaipu traz a logomarca criada pelo designer da Divisão de Imagem Institucional, João Paulo Chiodi, que retrata em cinco linhas as cinco décadas da Itaipu. Sua primeira obliteração – o carimbo oficial do selo com a marcação da data – foi feita por representantes da Itaipu e dos Correios.
De acordo com Maria Perpétuo, o lançamento do selo é uma maneira de celebrar a importância da Itaipu, em seus 50 anos de Tratado. “O selo lembra a relevância da Itaipu para o Brasil e o para o Paraguai não só na produção de energia, mas também em suas ações de sustentabilidade e de diplomacia”, disse.
Exposições
As exposições foram instaladas no espaço onde, futuramente, será o prédio de recepção do novo Ecomuseu, que deve ser totalmente reinaugurado no segundo semestre de 2024, trazendo novidades como o Polo Astronômico, o Museu da Energia e estruturas que contam a história da Itaipu e da região.
No piso superior, a exposição “Itaipu: da construção à conservação” reúne memórias com painéis explicativos, imagens, pesquisas da época da construção e do acervo permanente do Ecomuseu, entre outras atrações. Um quarto com camas, guarda-roupa e outros objetos retrata como era a vida dos barrageiros que construíram a usina hidrelétrica.
“São 36 anos trabalhando na área de cultura do patrimônio e, com essa exposição, queremos resgatar esse trabalho que é feito por nossa equipe desde a criação do Ecomuseu e da própria Itaipu”, disse Cintia Valoto.
Já no piso inferior está “Itaipu: uma obra diplomática”, uma exposição do Museu Histórico e Diplomático do Itamaraty (MHD), no Rio de Janeiro (RJ), com documentos importantes, peças históricas e icônicas, como a máquina de escrever de Guimarães Rosa e bustos de pessoas que participaram ativamente das negociações para a constituição do Tratado de Itaipu. A exposição é toda digital, com projeções e telas interativas.
“Parabenizamos Itaipu por ter um museu em atividade desde o início de sua operação, um museu que acompanha a memória da empresa”, afirmou Luiz Fernando, do Instituto Pedra. A instituição é parceira da Itaipu na exposição do MHD que, pela primeira vez, sai do museu no Rio de Janeiro e é mostrada em outro local.
assessoria